"Tudo o que foi planejado aconteceu no jogo. Não tivemos tempo para treinar no campo depois da decisão de domingo. Foi à base de vídeos, conversas, e a compreensão dos atletas foi muito boa. Foi um dos melhores jogos. Desde o começo de trabalho deixei claro o interesse dos atletas em querer saber a ideia de jogo, o que precisam fazer. Fico muito feliz, jogadores cumprindo função com e sem bola. É um resultado grandioso. Quando foram sorteados os adversários colocaram o Corinthians como quem pegava o mais forte. Conseguimos passar e estamos nos fortalecendo.
"Já chamei a atenção do grupo agora, parabenizei pelo jogo, mas tem de ter bastante cuidado. Esses guerreiros merecem dois dias de folga, vão ter domingo e segunda depois do jogo contra a Chapecoense, e se apresentam na terça de manhã"
A alegria de Fabio Carille, após a vitória de ontem contra a Universidad de Chile, em plena Santiago, por 2 a 1, demonstrava a confiança de um treinador que está aprendendo rápido a ganhar e desfrutar.
Depois da conquista do Campeonato Paulista, o Corinthians eliminou, sem esforço, o popular time chileno da Copa Sul-Americana. Em São Paulo, havia vencido por 2 a 0, gols de Rodriguinho e Jadson. Com mais de 30 mil chilenos torcendo desesperadamente pela Universidade de Chile, outra vitória do time de Carille, 2 a 1. Gols de Rodriguinho e Jadson.
O Corinthians ganhou com toda autoridade no Chile. Carille mostrou confiança. Tirou ensinamentos do Paulista. O esquema corintiano foi o mesmo utilizado contra a Ponte Preta, em Campinas. O time brasileiro não ficou trancado na defesa. Pelo contrário. A equipe fez uma marcação alta, corajosa. Queria vencer o jogo. Não pensou na excelente vantagem conquistada no primeiro jogo.
A crise financeira que domina os times sul-americanos ficou explícita no elenco limitado da La U. Mescla de veteranos como promessas. Lá como aqui, só atuam no futebol andino quem a Europa não quer. Nem os times pequenos. A equipe de Guillermo Hoyos é fraca. E mesmo assim, ocupa a segunda colocação do Campeonato Chileno.
Ao atuar escancarada, no 4-3-3, ficou claro ao Corinthians que ele ganhava de presente o meio de campo, as intermediárias. O time paulista atuava sempre com pelo menos cinco atletas no setor.
Como já é de domínio público, a chegada de Jadson transformou Rodriguinho em outro jogador. Já não precisa acumular toda a responsabilidade de dar ritmo ao time. Ele pode se concentrar no seu ótimo poder definidor. O meia dominou a bola e invadiu a área com muito talento. Saiu driblando e bateu forte, sem chance para Herrera.
Foi o oitavo gol dele no ano.
O oitavo em jogos eliminatórios do Corinthians.
Vencendo a partida, os paulistas queriam garantir o trunfo. Mas desta vez com coragem, não como estava atuando antes da final do Paulista. Nada só de contragolpe. O Corinthians tinha o domínio do jogo. Criou e perdeu várias oportunidades. Se ressentiu da ausência de Fagner, de Pablo. E também de Léo Príncipe, substituído por contusão pelo volante Paulo Roberto, outra vez nervoso, tentou e que se mostrou péssimo lateral.
No segundo tempo, a certeza que os chilenos partiriam de vez para o ataque. Mais espaço para contragolpes com a cabeça levantada e em bloco. Foi assim que Rodriguinho tabelou com Jô e invadiu a área, acabou travado na hora do chute. Mas a bola dividida sobrou para Jô. O atacante com visão, serviu Jadson. Corinthians 2 a 0, aos 10 minutos.
Os chilenos só ficariam com a vaga se vencessem por 5 a 2. Os corintianos ficaram certos da classificação. E trataram de diminuir o ritmo, claramente se poupando para a estreia do Brasileiro, já no sábado contra a Chapecoense.
Os chilenos já não tinham nada a perder.
Trataram de subir sua marcação, não deixaram o relaxado Corinthians sair jogando. Romero já estava cansado de marcar o ótimo Beausejour. O lateral esquerdo passou a criar várias chances de gol, pela esquerda. Até que o time da casa conseguiu descontar. O veterano lateral esquerdo conseguiu se infiltrar na área corintiana e cruzou na cabeça de Mora, 2 a 1, aos 19 minutos.
O gol mexeu com os brios de Carille. Ele exigiu que seus jogadores se concentrassem mais. E passassem a marcar forte, diminuindo o ímpeto chileno. Eles acabaram dominados sem tantos sustos. Quando foi exigido, Cássio não decepcionou.
O Corinthians conseguiu uma importante vitória.
Para dar credibilidade ao técnico e ao elenco.
Está claro aos dirigentes que Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel são plenamente negociáveis. E é o que o Corinthians está tentando fazer. Enquanto isso não acontece, o clube deve fechar entre hoje e amanhã a contratação de Cleyson da Ponte. Também está muito próximo de anunciar o lateral direito Cicinho, que já jogou pelo Palmeiras e Santos.
"É um privilégio começar minha carreira num clube assim e com esse elenco. Continuamos nossa trajetória e não sei onde podemos chegar. A partir de agora começa a preparação para o jogo da Chapecoense, depois Vitória, e assim vamos caminhando. Nós vamos brigar jogo a jogo, cada jogo é uma história, não sei onde vamos chegar. Sei que vamos guerrear com bastante concentração. Vamos longe, só não sei onde", avisava, o empolgado e, cada vez mais respeitado, Fábio Carille...
O post “Não sei onde vamos chegar. Vamos longe. Só não sei onde”, garante Fábio Carille. Seu Corinthians, campeão paulista, eliminou a Universidade de Chile da Sul-Americana. Em plena Santiago, vitória com autoridade por 2 a 1.. apareceu primeiro em Blog do Cosme Rímoli.